sexta-feira, 16 de setembro de 2011

Deus Transforma o Mal em Bem

Sl 103.1-12; Gn 50.15-21; Rm 14.1-12; Mt 18.21-35

Hinos: 440; 347; 434; 206

A história e José e seus irmãos é realmente comovente. Ela começa de um modo totalmente atrapalhado com José falando demais e sua família o compreendendo de menos. O mais interessante da história de José, porém, não é tanto como ela começa, e sim com ela termina! Quem olha para o final da história de José pode até mesmo se perguntar se foi realmente ruim ele ter sido vendido como escravo pelos seus próprios irmãos.


Os irmãos de José sentiam ódio no coração! É claro que nunca se tem motivo para se ter ódio. Os irmãos de José, porém, diziam ter motivos. Afinal de contas, o pai dele mostrava claramente que gostava mais de José que dos outros irmãos. Prova disso foi um presente que Jacó deu ao seu filho José; uma roupa colorida! Até podemos considerar algo normal termos roupas coloridas hoje, mas isso não era nada normal naquela época; era muito caro!


O ódio dos irmãos teve como resultado o irmão sendo vendido. É claro que José primeiro apanhou e sentiu medo da morte quando os irmãos combinavam como o matariam. Ele queria ouvir uma palavra de conforto que, para ele, bastaria ser, “viu, estávamos só brincando! Pode sair aí deste buraco!” No entanto José não ouviu isso. Ele ouviu apenas o barulho de rodas batendo no chão. Ele nunca podia imaginar, mas aqueles que dirigiam aquelas rodas o salvariam da morte. Tratava-se de midianitas. Eles não eram pessoas preocupadas em salvar outros da morte. Eles queriam mesmo era ter um bom lucro.


Assim, José foi vendido. Assim também José chegou a um outro país; o Egito! Muita coisa aconteceu no Egito. Basta-nos dizer apenas que José foi o ódio de seus irmãos e a ganância dos midianitas que fizeram com que José chegasse ao Egito. Ainda uma mulher louca para cometer adultério fez com que ele chegasse à prisão. Alguém de certo diria que José teria todos os motivos para sentir ódio e se revoltar. Quem sabe ele deveria organizar uma rebelião na prisão e fugir junto com os outros presos. Mas não foi isso o que ele fez. Ele permaneceu na prisão procurando ser justo. Logo ele ganhou a confiança de todos. Certo dia o medo de um homem, o homem mais importante do Egito, colocou-o dentro do palácio. Faraó teve um sonho, ao qual não podia entender. Deus fez com que José entendesse e dissesse; haverá sete anos de fartura e sete anos de seca. Guarde comida nos primeiros sete anos para que haja comida nos sete anos seguintes.

Assim se fez e assim José, por estar no Egito, por ter sido preso, pode salvar muita gente da fome. Então talvez alguém diria; então foi bom que José foi odiado, vendido e injustiçado!

Porém, ser odiado, vendido e injustiçado nunca são coisas boas. Mas o próprio José interpreta muito bem o que Deus fez por ele e por toda aquela gente. Ele diz assim para os seus irmãos: “É verdade que vocês planejaram aquela maldade contra mim, mas Deus mudou o mal em bem para fazer o que hoje estamos vendo, isto é, salvar a vida de muita gente.” (Gn 50.20)


Qualquer obra que venhamos a fazer necessitamos que Deus mude a obra má em obra boa. Pois em nossos pensamentos habita o mal, mas nos pensamentos de Deus habita apenas o bem. Assim, se Deus fizer com que a nossa obra seja boa ela será boa. Se, porém, ele não a modificar, ela não será boa.


José fala isso mostrando por que ele iria perdoar os seus irmãos. Realmente o que aqueles irmãos fizeram foi terrível. Não podemos dizer agora: “Que bonito o que os irmãos fizeram vendendo José!”. Mas podemos dizer: “Que bela obra Deus fez mudando a obra má daqueles irmãos em uma obra boa!”


O mesmo que Deus fez aos irmãos de José ele faz conosco. Ele muda a nossa obra má em obra boa. Se fazemos hoje alguma obra boa é porque Deus fez com que ela seja boa. Portanto, o perdão é possível porque Deus muda o mal em bem. Se acontecesse apenas o mal em nossas vidas, não conseguiríamos lidar com os nossos problemas. Sofrimento em cima de sofrimento e maldade em cima de maldade leva qualquer pessoa ao desespero.

Deus, porém, coloca em cima do sofrimento o consolo e em cima da maldade a sua própria bondade! O ser humano planta ódio. Deus planta amor. Todas as vezes que chega o dia 11 de setembro nos lembramos do ódio plantado e replantado. Jamais devemos considerar a queda das torres gêmeas ou a morte de milhões de pessoas como algo bom. Mas Deus transformou o mal em bem quando fez com que milhares de pessoas se arrependessem e refletissem sobre a sua vida. Quando fez perceber que a guerra produz mais guerra. O ódio produz mais ódio. A intolerância produz mais intolerância.

É verdade que nem todos perceberam isso. Talvez poucos. Isso nos mostra que a obra de Deus não terminou. As pessoas vão fazer muito mal ainda. Muito ódio vai ser mostrado ainda. Deus continuará mudando o mal em bem. E quando então o maior mal nos atingir, a própria morte, Deus mudará o nosso corpo mortal em corpo imortal. Esta será uma mudança que permanecerá para sempre e ninguém mais vai mudar isso.

Vem Senhor Jesus!

Amém!

Francis Dietrich Hoffmann

07 de setembro de 2011

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